Novo ano, nova vida, novas coisas, novo tudo. 2025 chegou e eu tava vivendo num ritmo tão frenético que eu não senti essa virada acontecer.
É engraçado que no final do ano começam a aparecer aqueles memes de “será que isso é um problema pra 2024 ou um problema pra 2025?” em que as pessoas brincam com o fato de que, ali por volta do meio de novembro, tudo pode ficar pro início do ano seguinte.

A questão é que, apesar de eu querer viver por esse meme, na verdade uma enxurrada de coisas começou a acontecer ali por outubro, e eu não pude largar as questões de 2024 pra 2025. Importante dizer aqui que essa enxurrada de coisas foi toda de coisas boas! Porque “do nada” eu passei a receber contatos de pessoas para trabalhos como freelancer.
Se você já acompanha a news, sabe que hoje eu trabalho 100% nesse formato; mas foi exatamente nessa época que passei a refletir sobre a decisão de sair do “CLT” (ou “contrato”, como se diz em Portugal). Como eu disse na outra news, já era algo que eu queria há um tempo, mas não esperava que fosse funcionar especificamente naquele momento; eu não estava ativamente procurando um trabalho quando meu cliente apareceu, e aí acabei pegando uma jornada dupla: trabalhava regularmente de dia, e quando chegava em casa trabalhava para esse novo cliente.
Quando eu digo que as coisas aconteceram “do nada”, não é que eu não tenha me esforçado pra isso e caiu do céu. Pelo contrário, eu sinto que finalmente estou colhendo os frutos de quase 2-3 anos de construção da minha “imagem” profissional em Portugal.
Mas o trabalho de networking não é óbvio nem imediato. Inclusive, é o que dizem mesmo: o networking genuíno, que é o que realmente dá resultado, é sobre você estar aberta a conhecer pessoas sem esperar algo em troca. De preferência, se relacionar com pessoas que você realmente queira se relacionar; tipo, não ser algo forçado. Isso porque, se a conexão for real, em algum momento pode ser que aquela pessoa lembre de você para determinado projeto ou indicação.
Por isso, tanto com objetivos pessoais como profissionais, eu procuro frequentar eventos que me interessam, clubes do livro, palestras e workshops… Não com uma frequência incrível, mas quando acho legal e tenho disponibilidade. Eu também comecei recentemente a me dedicar mais às minhas redes com esse objetivo mais claro de comunicar mais sobre o meu trabalho, aos poucos - tanto no LinkedIn quanto no Instagram.
Mas é por isso que eu digo que o networking não é imediato, e a oportunidade que você está esperando encontrar aparece em momentos não óbvios. Pois foi isso que aconteceu, eu estava no meu CLT quando recebi uma mensagem de um colega de faculdade (que eu conheci em 2015!) dizendo que tinha um projeto e que queria profissionalizar mais as redes sociais - e que pensou em mim para ajudá-lo com isso! Fiquei muito feliz e orgulhosa de mim mesma, pensando que, bom… A minha mensagem está chegando às pessoas, certo?
Certo. E esse projeto deu certo e estamos trabalhando juntos até hoje, 3 meses depois. O mesmo aconteceu depois com um outro projeto, mas que nesse caso eu me candidatei. Ou seja, em alguns meses eu passei a receber o retorno do esforço colocado em contar pro mundo o que eu faço e como posso contribuir para seus projetos. E isso começou a acontecer bem no final do ano. Caos.
Assim, o final do ano passou, o início do ano chegou, e eu finalmente saí do meu trabalho corporativo e fui viver a vida de freelancer. Não sem antes me dar umas duas semanas de férias. E aí começou a busca mais ativa por trabalho, enviando portfólio e emails, candidaturas, etc.
Por isso, só quando comecei essa fase eu decidi que ia parar, refletir sobre 2024, pensar em 2025. O que eu quero pra este ano? Quais são as coisas que quero conquistar? Quem eu quero ser?
Em geral, eu sou uma pessoa que gosto do conteúdo “autodesenvolvimento”, não vou mentir. Mas as coisas obviamente tem limite e precisam ser adaptadas pro nosso contexto. Eu, por exemplo, não vou acordar às 5 da manhã, obrigada. Eu fugi um pouco desse conteúdo no início do ano porque ficava ansiosa de pensar “MEU DEUS HOJE JÁ É DIA 7 DE JANEIRO E EU NEM PENSEI NAS MINHAS METAS”. Tadinha…
E aí eu topei com esse vídeo delícia no canal do Youtube da Mikannn falando sobre o porquê dela não ter uma conta no Letterboxd e relacionando o costume de anotar tudo que se assiste com um reflexo da produtividade nos nossos momentos de lazer. Nos comentários algumas pessoas trouxeram uns contrapontos, mas a ideia geral dela pra mim faz sentido e foi um dos motivos que me fez parar de criar metas de leitura, por exemplo.
Eu simplesmente não sei quantos livros li no ano passado. E tudo bem.
Eu entendo que quando estamos querendo introduzir um hábito na nossa vida, é importante ter um objetivo. Uma meta alcançável e desafiadora na medida certa é o que vai criar aquele mini desafio na nossa cabeça para seguirmos com uma ação. Inclusive, se ainda não leu “O Poder do Hábito”, o livro explica isso tudo direitinho: o hábito se cria a partir de um ciclo de gatilho > ação > recompensa.

Eu já fui a pessoa doida por metas, do tipo tudo era uma meta (e todas eram irreais e impossíveis de ser alcançadas) e também já me irritei com isso e tentei “só viver a vida” por um tempo. Hoje, sinto que tô encontrando um equilíbrio porque aquelas três perguntas que fiz ali em cima me fazem refletir sobre pra onde tô direcionando minha energia: O que eu quero pra este ano? Quais são as coisas que quero conquistar? Quem eu quero ser?
No fundo, é muito fácil a gente deixar as coisas de lado. Sempre, claro; mas sinto que com cada vez mais distrações e COISAS no mundo, é bom de vez em quando se lembrar do para onde estamos indo. Repare, nem sempre o caminho e o objetivo estão relacionados à produtividade, e acho que esse é justamente o ponto. Refletir de verdade sobre essas questões no permite criar metas mais realistas, específicas e alcançáveis.
E outra: nem tudo tem que ser meta. Por isso mesmo, por exemplo, este ano eu não tenho meta de leitura. Nem de “estética”, corpo, fitness, etc. Simplesmente porque decidi que essas coisas não serão parte do foco que quero pra este ano, tenho outros objetivos que vão tomar meu tempo e energia, e decidi que eles sim precisam ser metas. Por isso, escolhi coisas que acredito que me ajudam a criar determinados hábitos que fortalecem minha carreira, meus objetivos nos estudos e minha saúde. Que são possíveis de atingir, são mensuráveis e bem específicos.
Sem mais suspense, essas são minhas metas do ano:
Caminhar 7.000 passos 230 dias do ano (porque quero me lembrar de sair de casa, ser mais ativa, etc, principalmente porque vou começar a trabalhar mais de casa. Essa meta começou com 10.000, mas quando percebi que isso era muita coisa pra mim num dia normal, diminuí pra 7 e tem dado mais certo).
Quero escrever 20 newsletters
Postar no LinkedIn 40 vezes
Escrever partes da minha dissertação de mestrado 100 dias no ano.
No fundo, o que espero acontecer, e acho que acontece, é que perseguir essas metas exige que a gente repare em outras ações que estamos tendo no dia a dia. E aos poucos outras coisas vão mudando também. Quem sabe eu volto aqui no final do ano pra dizer se atingi ou não?
O que você pensa disso? Time metas ou zero metas?
Obrigada por ter lido até aqui!
Você também pode me encontrar nos seguintes links:
Muito feliz que as coisas estão fluindo pra vc 🥰 acho que isso é um reflexo da sua jornada. “Construir uma base” para conquistar seus objetivos. E está só no começo, pode apostar!
Amei a sua postagem! Acho muito interessante definir as metas por que torna-se uma maneira de conhecer-se melhor e ao escrever sobre isso também traz mis equilíbrio às suas decisões! Parabéns!!